Alguém me disse que ando a rabiscar disparates. É provável, embora sinta que muito pior é fazê-los. E disso ninguém quer saber. Hoje é um desses dias em que nem rabiscar apetece.
Lembro, no entanto, o tempo em que nos finais de setembro espreitava uma oportunidade para poder ir ao rabisco.
Terminada a vindima, havia sempre um cacho de uva que escapava. E antes que os pássaros se antecipassem, corria as parreiras à procura da última gota de mel, por vezes bem amarga. Pena era que nunca sobrasse um cacho de malvasia ou até de dona-maria...
Hoje é um daqueles dias em que rabisco nostalgia para não ter que denunciar o míldio que destrói a vinha universitária...
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