Este primeiro romance é constituído por quatro tempos, com início em 1919 e termo em 1959: Diários de Londres (I); Soterrados (II); Insónia (III); Brighton (IV).
A maioria dos leitores, ao descobrir este novo romancista, pôs em destaque a sobriedade do léxico, do estilo e da construção, por vezes labiríntica. Entretanto, quanto ao temário, vale a pena destacar a solidão, sobretudo, do homem... embora a mulher se revele mais resistente e audaz, e a dor, sem esquecer a angústia e a náusea.
Dir-se-á que o autor quis pôr à prova a resistência humana, explorando os limites e as taras na duração desenhada de forma linear e sequencial. Num século de guerras ( XX), a paz continuou a ser tempo de tortura. Depois da mecanização, da espionagem e da guerra, os emparedados continuaram a ser torturados num universo onde pontificam as soluções apresentadas pelas novas ciências do espírito - a psicologia e a psiquiatria.
No final, em parte incerta, continuam Joseph, Magda e Daniel... talvez, a luz arredia...
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