Vivemos onde raramente nos deslocamos
Ignoramos o que nos convém
Reconstruímos a memória rasurando o que nos é inútil
Promovemos o que não praticamos
Fingimos admirar a arte narcísica e decadente
RITUALMENTE
Volúveis e poéticos, deformamos a realidade até que ela pereça sob as asas do abutre
Canonizamos as nossas fraquezas, idolatrando-as
em mitos, heróis, santos e outras criaturas
angélicas, demoníacas
Prestamos-lhe culto e roubamos o óbulo ao barqueiro
As nossas indulgências já não edificam basílicas
somem-se em paraísos de ocasião com maior ou menor
DEVASSIDÃO
É absurdo querer conhecer o homem, pondo de parte a máscara
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