21.4.17

A verdade da mentira

Vivemos onde raramente nos deslocamos
Ignoramos o que nos convém
Reconstruímos a memória rasurando o que nos é inútil
Promovemos o que não praticamos
Fingimos admirar a arte narcísica e decadente
                       RITUALMENTE
Volúveis e poéticos, deformamos a realidade até que ela pereça sob as asas do abutre
Canonizamos as nossas fraquezas, idolatrando-as
            em mitos, heróis, santos e outras criaturas
                           angélicas, demoníacas
Prestamos-lhe culto e roubamos o óbulo ao barqueiro
As nossas indulgências já não edificam basílicas
somem-se em paraísos de ocasião com maior ou menor
                       DEVASSIDÃO
É absurdo querer conhecer o homem, pondo de parte a máscara

Sem comentários:

Enviar um comentário