7.4.17

Como escrevi ontem

Como escrevi ontem, o inferno está em nós. 
Os sintomas são cada vez mais evidentes. De nada serve querer matar os demónios alheios se, a cada passo, geramos o mal...
As instituições não conseguem reger-se por valores universais. Preferem o relativismo axiológico e as inerentes fronteiras, sempre mais musculadas...
Cerram-se as portas, reforçam-se as janelas, criam-se sucessivos perímetros de segurança e até a própria terra vive cercada por milhares de satélites de espionagem. 
A pegada de cada um repete-se milhares de vezes ao dia, pondo definitivamente termo à vida privada.
Em cada círculo que se abre, acantonam-se as castas, esperando que elas não rompam as barreiras. E se o fazem, metralham-se ruidosamente ou gaseiam-se no silêncio das horas...

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