29.4.14
O coração de Fernando Pessoa
28.4.14
A Técnica abre as portas ao Absurdo
enquanto que os magos da política fingem prestar homenagem a quem os serviu,
27.4.14
Escrever, traduzir e viver para os outros
(…) “Podes partir. De nada mais preciso / para a minha ilusão do Paraíso.” David Mourão-Ferreira
26.4.14
Ler para os outros quando não lhes apetece ler...
25.4.14
Neste abril
24.4.14
Hoje, as ratazanas, amanhã, os lobos…
Enquanto caminho, penso no curso do dia e recordo que, num certo momento, associei a «sombra da azinheira» do Zeca Afonso à azinheira sobre qual «Nossa Senhora apareceu aos pastorinhos», na Serra d’Aire. Lembro a música ensurdecedora que se foi levantando nos pátios e o fascínio dos jovens pela lenda que vai sendo tecida em torno do 25 de abril…
A mesa de montagem tem triturado as imagens e as palavras, criando um cenário fabuloso que, infelizmente, impede o sobressalto democrático imprescindível à mudança de uma classe política incompetente. O dia de amanhã, em vez de ser gasto em cerimónias patéticas, deveria mostrar a revolta de todas aqueles que, nos últimos anos, têm vindo a ser condenados à pobreza…
E enquanto caminhava, surgiu diante de mim uma ratazana pachorrenta que me trouxe de volta à crueza dos dias. Subitamente, interroguei-me se ela seria do campo se da cidade… Revisitei Sá de Miranda:
Agora, por que vos conte / quanto vi, tudo é mudado; / quando me acolhi ao monte, / por meus vizinhos defronte / vi lobos no povoado. / Carta A Seu Irmão Mem de Sá.
Neste 24 de Abril, as ratazanas, não sendo fabulosas, estão cada vez mais vorazes…
23.4.14
Pode ter sido bela, irreverente, mas não deveria ser esquecida...
Nas palavras eloquentes de Maria Teresa Horta, a guerra de libertação autorizada pelo esforço heróico do partido comunista visava arrancar a mulher à condição de escrava do pai, do marido, do estado - tudo figuras masculinas, figuras despóticas milenares.