Os poetas messiânicos têm destas coisas: querem-nos fazer crer que o tempo re-ilumina o passado, sobretudo em períodos de decadência. Apesar da beleza da expressão, a ideia é perigosa.
Os mortos da Grande Guerra ou da Guerra Colonial perderam tudo, mesmo que o futuro tenha sido radioso para uns tantos.
Os cravos de Abril foram aurora, construída a partir da fome, da ignorância e da morte de um povo.
Hoje, há quem nos prometa um país auto-sustentável à custa da ignorância, da fome e da morte de um povo.
Há quem insista que temos futuro! Mesmo que reduzidos à condição de sem-abrigo! (Banqueiro Fernando Ulrich dixit.)
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