Peço desculpa por ter cedido à tentação de, em post anterior, ter citado Passos Coelho. Deveria ter evitado tal referência, anódina.
Não deveria envolver-me em questões cavernosas, pois, desde manhã cedo, me interrogo sobre o que irei fazer logo que a Caixa Geral de Aposentações me conceda a reforma antecipada, apesar dos 40 anos de serviço público e privado.
Não tendo sabido responder aos meus alunos do 11º ano se me voltariam a ver na sala de aula em setembro, sei, contudo, que, a breve trecho, terei de encontrar uma atividade remunerada fora do Estado.
Pode parecer estranho, mas, na verdade, uma penalização de 35% (ou mais), resultante da aplicação da lei 11/2014, de 6 de março, obriga a regressar rapidamente ao mercado de trabalho.
Claro que há quem pense que o melhor seria manter-me como funcionário público. O problema é que nunca acreditei em milagres económicos portugueses! E como não há milagres, os servidores do Estado continuarão sob a espada de Dâmocles: mais trabalho, menos remuneração, menos progressão e menos pensão de reforma...
Entrei hoje no limbo. Vamos ver porquanto tempo!
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