Como ondulada capa de miséria / A cobrir de negrura a cor das chagas, / Assim és tu, crosta de velhas fragas / Sobre o corpo da Ibéria. Miguel Torga, Ibéria
Hoje, quero destacar a singeleza e a beleza de Cabeço de Vide.
Ao procurar as termas sulfúreas, acabei por me deparar com o que resta do Portugal de outrora – sinais de grandeza corroída pela desnecessária fronteira… E, também, comprovei a falta de transporte ferroviário e viário que deveria ajudar a viabilizar a riqueza natural e patrimonial…
Infelizmente, não tive tempo para visitar Fronteira, apenas relembro o conto “Fronteira” de Miguel Torga: « E aí começam ambos a trabalhar, ele (Robalo) em armas de fogo, que vai buscar a Vigo, e ela (Isabel) em cortes de seda, que esconde debaixo da camisa, enrolados à cinta, de tal maneira que já ninguém sabe ao certo quando atravessa o ribeiro grávida a valer ou prenha de mercadoria.»
Novos Contos da Montanha
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