13.8.14

Ocultação sem precedentes


Quanto mais leio sobre a autoridade que supervisiona o funcionamento dos bancos com alvará para atuar em Portugal, mais convencido fico que os portugueses estão a ser submetidos a um processo de ocultação sem precedentes.
Isto do supervisor dos bancos se sobrepor à autoridade judicial intriga-me, enjoa-me. Afinal, quem é que confere ao Governador do Banco de Portugal legitimidade para, em seu critério, decidir disponibilizar  à justiça eventuais indícios (provas) de fraude praticada pelos banqueiros?

Ao fingir que o Bem  pode ser separado do Mal, o Governador lembra aqueles "ricos" que decidem murar-se em condomínios fechados para fugir dos "pobres" que, inevitavelmente, veem como um risco. Como não podem esconder a pobreza, os "ricos" passam a viver em fortalezas onde tudo é permitido... Os "ricos" não sabem viver sem porta! Claro que estes "ricos" não têm imaginação suficiente para se defenderem e por isso, tradicionalmente, viviam cercados de escritórios de advogados, de seguranças, de sistemas de defesa eletrónicos... Mas isso, hoje, não chega: os "ricos" ( e os ministros, seus servidores, passe a redundância) nomeiam os reguladores, os supervisores, os assessores, os auditores... E com essa estratégia vão afastando definitivamente o poder judicial ...

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