Na Primavera de 2004: «Pode-se dizer que em trinta anos, como é natural, a revolução, numa primeira fase, deu lugar à devolução. Depois da devolução, como é natural também, passou-se ao período normal da evolução, e da evolução, como é comum em todos os processos semelhantes, passou-se à involução, e daí à denegação, foram apenas uns anos.» Lídia Jorge, Os Memoráveis, pág. 183.
E hoje, passados 40 anos, em que fase nos encontramos? Espero pela resposta da Lídia Jorge.
Ao ler o último romance da autora, vou pensando nos escritores românticos que não tinham receio em abordar os acontecimentos recentes, fugindo à tentação do romance histórico. Lídia Jorge situa-se nessa linha que procura influenciar a decisão, contribuindo para a abordagem da política no sentido nobre do termo.
Por isso a leitura de Os Memoráveis se torna prioritária, nem que seja para permitir uma análise descompreceituada do estado atual da nação.
/MCG
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