Cães há que têm muita paciência: esperam minutos a fio que os donos desfiem as vidas que não são deles, a não ser no cavaco abjeto. Castrados.
Outros há que aceleram a trela, embora saibam que só lhes resta içar a perna e regressar à sombra dos donos. Fingidos.
Da matilha, o melhor é nada dizer, pois, genuína, não descansa enquanto não ceva a perna ao primeiro incauto que encontrar...
Hoje, ao sair de um supermercado, uma mãe comentava para a filha ao ver-me passar: Olha que cãozinho tão lindo, como ele olha embevecido para o senhor. Na verdade, o cão parecia uma bexiga de porco pronta a estourar... Mas fiquei-lhes agradecido, vá lá saber-se porquê?
Nesta hora canina, apenas lamento não conhecer nenhum cão caçador exímio em cevar coelhos...
A culpa é da palavra que acelera a trela e se enreda nela.
Hoje, ao sair de um supermercado, uma mãe comentava para a filha ao ver-me passar: Olha que cãozinho tão lindo, como ele olha embevecido para o senhor. Na verdade, o cão parecia uma bexiga de porco pronta a estourar... Mas fiquei-lhes agradecido, vá lá saber-se porquê?
Nesta hora canina, apenas lamento não conhecer nenhum cão caçador exímio em cevar coelhos...
A culpa é da palavra que acelera a trela e se enreda nela.
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