«Necessita-se de pouco para existir: pouco espaço, pouca comida, poucos utensílios ou ferramentas, pouca alegria; é a vida dentro de um lenço de bolso.» Claude Lévi-Strauss, Tristes Trópicos, A Terra e os Homens.
O antropólogo não resistiu à síntese sob a forma de metáfora - na Ásia, na Índia, na fronteira da Birmânia, o homem, em contraste com as castas mais elevadas ou com o europeu da classe média, mais não era do que um lenço de bolso.
Nesta quadra de consumo excessivo, de esbanjamento e de desperdício, talvez conviesse recordar que cada lenço que utilizamos é o preço de uma vida... uma vida que nunca teve noção da sua humanidade.
E por este andar, uma vida que, tendo noção da sua humanidade, se arrisca a perdê-la de modo desesperante.
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