28.4.18

Esqueçam as portas e as bruxas

Li um destes dias que há mais de 100 anos os jornais descobriram que podiam substituir os povos medievais na caça às bruxas através da chamada 'perseguição social'. Escolhido o alvo, de preferência, fragilizado por algum pecadilho real ou imaginado, os dias na boca do mundo, definitivamente, acabavam-lhe com a reputação...
E fazem-no impunemente a coberto da inefável liberdade de expressão, não apenas os jornais, mas  todos os restantes 'meios de comunicação social', a que nas últimas décadas foram acrescentadas as implacáveis redes sociais...
Dizia-me, na última semana, uma promissora comunicadora, a propósito de 'fontes' e de 'memórias' materiais e imateriais, que eu não gosto da 'comunicação social' e sou levado a crer que ela tem razão, pois detesto a justiça popular e, sobretudo, a 'perseguição social'... embora, hoje, me sinta de bom humor, pois li algures que há em Portugal um advogado que não é despedível... E porquê este neologismo?
Provavelmente, porque o amigo Silva, que tudo paga, não lhe honrou os honorários. Certamente, uma pipa de massa!
Sinto-me indespedível. Esqueçam as portas e as bruxas...

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