22.4.19

Não vejo a chama...

O medalhão de pescada, apesar de se encontrar no centro da frigideira, não aloura como os que o circundam. Viro-o e o resultado é o mesmo. Não faz sentido… Só depois de observar a posição da chama, percebo que o centro não corresponde ao que eu vejo…
Ainda pensei que a minha labuta tinha um sentido: reduzir o caos. Recordo que, há mais de 40 anos, José Rodrigues Miguéis apostava na «programação do caos»... Ora, a experiência pessoal ensina-me que, na maioria dos casos, a realidade não corresponde nem ao que vejo nem ao que anseio…
Talvez seja por isso que lido mal com as celebrações privadas e públicas, se a distinção ainda faz sentido…
Sinto-me afetado pela desproporção, tantas são as evidências… e por aqueles que, por estes dias, agitam bandeiras de um tempo morto.  

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