No ano passado escrevi:
«No 25 de Abril, continuámos a olhar para trás e, felizes, sentimo-nos superiores aos espectros do Estado Novo...
No intervalo, contentamo-nos com a devassa, sempre invejosos dos sucessos e das malfeitorias dos nossos semelhantes…»
Hoje, verifico que uns foram trabalhar e que outros aproveitaram para celebrar e passear.
A novidade é que o 25 de Abril já não necessita dos espectros do Estado Novo. A cúria envelheceu de tal modo que o espelho que a reflete se desfaz em cacos, que se pavoneiam pelos palcos que lhes vão oferecendo à custa do erário público…
Interessante seria saber qual é a percentagem dos que trabalham, dos que celebram e dos que passeiam e como é que a atividade deste dia se materializa nas urnas.
Quanto à devassa, à inveja e às malfeitorias, não encontro nenhum indicador de mudança.
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