4.4.19

Um olvido demolidor

Face ao alarido que se abateu sobre a classe política, designadamente a governamental, concluo que não tenho família ou, pelo menos, não tenho familiares colocados na área política… a não ser que a família tenha concluído que me faltam requisitos para motorista, porteiro, chefe de gabinete, secretário…
Numa época, em que o propósito parece ser o de demolir as instituições, creio que esta balbúrdia se justifica. Sendo a 'família' um pilar do Estado Novo que entrou em convulsão na Terceira República, o que não se compreende é este favorecimento, a coberto de um olvido demolidor… embora, pessoalmente, não estranhe a situação, pois raramente os meus interlocutores se lembram do que era suposto terem feito no dia anterior ou até no próprio dia…
Na semana passada e nas anteriores, eram os banqueiros e os governadores, todos amnésicos, e já me esquecia do excelentíssimo da fonte termal / Boliqueime. De acordo com a lenda, quem nela mergulha passa a sofrer de distorção da memória.

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