Logo pela manhã contaram-me a estória de um pescador que perdera um olho porque se esquecera do isco para a pescaria… A razão pareceu-me não ser da ordem do esquecimento. No entanto, o esclarecimento não chegou. O peixe não resistiu ao engodo vítreo… A estória amputada acabou nos braços da esposa outrora rejeitada, como se Jocasta tivesse, de novo, acolhido no seu seio filho e marido pelos peixes do olimpo castigados…
Com a chegada do escuro, lá fui revisitar o pescador de Mia Couto e, afinal, trata-se da estória de um CEGO MACHO e não de qualquer Édipo freudiano, mesmo se «quase pouco»...
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