Ontem, referia que, sem complacência, o governo corta a torto e a direito e nós, complacentes, deixamos fazer. Pensava eu que esta resignação se ficaria a dever a falta de ferramenta democrática, quando, subitamente, dou de caras com a Vassouraria da Esperança (em tempos, propriedade do pai do Raul Solnado!). Fechada como milhares de outros pequenos estabelecimentos!?
Mas não! O atual proprietário teve o bom senso de mudar a Vassouraria para a Rua da Memória. Haja esperança! A memória acabará por nos ajudar a separar o trigo do joio e a varrer os cavacos, os relvas, os gaspares, os salgados, os loureiros, os coelhos e os selassiés deste mundo, sem ofensa para todos aqueles que continuam a merecer maiúscula…
Raul Solnado desde pequeno ia a todos os teatros que podia com o seu pai. Quando se empregou, com o que ganhava corria as gerais dos teatros chegando a ver a mesma peça três e quatro vezes.
ResponderEliminarTrabalhava de dia na Vassouraria da Esperança e estudava à noite na Escola Comercial Rodrigues Sampaio (mais tarde Escola Comercial D. Maria I) onde tinha, como companheiro de carteira, Varela Silva.
Em conclusão, vemos que do pai herdou não só o gosto pelo teatro como o desejo de «varrer» a sujidade deste país.
E faz cá falta!
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