Há coreto, mas não há festa! Assim me sinto eu, embora sem o brilho deste – coreto inútil. Talvez o adjetivo seja excessivo, mas a verdade nos diz que, por vezes, ainda somos úteis para os outros, para os outros se servirem, só que, a cada passo, sentimos o peso da nossa inutilidade…
Sempre que avisto um coreto, fotografo-o, e quando não o faço, penso que já houve tempo que havia festa no coreto. Não sei porquê associo-o à banda da GNR… à charanga, mas esse tempo nunca foi meu…
Hoje, um amigo perguntou-me pela saúde, não soube responder-lhe de forma objetiva… e logo pensei no coreto. A saúde é como o coreto: sob o sol ofuscante, brilha, mas por dentro não tem resposta. E como se sabe não há resposta sem diagnóstico… e eu esforço-me por cumprir os ditames do sábio, embora lá fundo saiba que o sábio anda errado. Quando ele baixar os braços, terei oportunidade de lhe dizer que há caminhos sem saída, como coretos sem festa.
Ah! Como eu gostava de fotografar a saúde! Ou aqueles que aproveitam os coretos para dar cabo da saúde…
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