a) «Eu acho que um produto de menor qualidade tem consequências pedagógicas porque degrada a relação do aluno e do professor com o manual escolar.»
b) « A ideia do livro único funciona em sociedades muito pobres - como os países africanos de língua portuguesa, em que as famílias não têm qualquer capacidade de comparticipar a compra de um livro.»
Notícias Magazine, 14 de setembro de 2014, Vida Inteligente
Jorge Pedreira, sociólogo, ex-diretor geral do ensino superior, ex-secretário de Estado adjunto e da Educação ( responsável pela lei de controlo de qualidade dos manuais) e atual presidente do conselho de administração da UnyLeya, tem um rico currículo, mas é um homem que deturpa a realidade.
Quem ler a entrevista compreenderá que nos Estados Unidos há estados pobres em que «os manuais são feitos em papel mais barato; os conteúdos são os mesmos, mas os custos de produção são substancialmente mais baixos» e que a Portugal, país rico, interessa mais preservar a qualidade dos manuais, mesmo que isso implique apoios do Estado aos que conseguem fazer prova da sua pobreza...
Para Jorge Pedreira, num país rico e democrático, o livro único não faz qualquer sentido. O livro único é um privilégio dos países muito pobres da África lusófona...
Nós não somos muito ricos, por exemplo, não somos a Noruega, mas, no entendimento de Jorge Pedreira, somos mais ricos do que alguns estados da América do Norte e, sobretudo, de África, como Angola, Moçambique... Ou será que estava a pensar na Guiné Bissau?
O problema é que em Portugal os ricos confundem a árvore com a floresta para proteger os interesses: privados e pessoais.
/MCG
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