«Mesmo assim, Marc Chagall, após ter completado o cheder, a escola primária judaica, conseguiu frequentar a escola oficial municipal a que os judeus, em princípio, não tinham acesso. Para tal a mãe, Feiga-Ita, agiu energicamente, subornando o professor.» Ingo F. Walther / Rainer Metzger, Chagall, Taschen / Público
Não sei como é que Feiga-Ita terá subornado o professor, a verdade é que esse gesto foi fundamental para que Chagall se tivesse libertado das teias que o prendiam à pobreza material e, sobretudo, cultural de Vitebsk que discriminava os judeus...
Cheguei a esta informação por um percurso pouco linear, mas coerente. Gaston Bachelard, ao estudar os pintores em cuja obra está presente o direito de sonhar (le droit de rêver) encaminhou-me para artistas como Claude Monet e Marc Chagall...
(...)
Se considerarmos os últimos acontecimentos na União Europeia, parece que os povos do Sul estão condenados à pobreza e à discriminação cultural...
Será que não há por aí uma Feiga-Ita capaz de subornar o senhor Wolfgang Schauble?
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