Para fingir que inda é gente,
Nos conta uma grande história,
Em que ninguém está presente.»
Fernando Pessoa
A memória destes dias é a de um ser verdadeiramente aborrecido que memoriza enormes quantidades de informação para poder realizar umas tantas provas de exame, cujos resultados o deixarão mais perto do insucesso na vida...
Talvez ainda não se possa afirmar que se anda a fingir que se é gente ou que desta história não sobrará ninguém para a contar, mas pela incapacidade de interpretar, pela dificuldade de ordenar e de compor, tudo a leva pensar que o mundo, por estes dias, está virado do avesso.
Provavelmente, nada disto é verdade, e mais não é do que o cansaço de quem passou 90 minutos numa repartição de finanças às voltas com um anexo G... Para quê contar a história, se ninguém está presente?
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