17.10.14

Plagiadores de 2ª mão


«Isto apesar de a comunicação do secretário de Estado incluir uma bibliografia onde são citados cinco autores, sem que nenhum destes sejam Reis Monteiro ou João Pedro da Ponte.» Público, 17 out 2014.

Outrora plagiar exigia leitura e cópia manuscrita ou dactilografada. Exigia revisão para não defraudar o original. O Autor do plágio, querendo parecer original, era escrupuloso ao ponto de se esquecer das aspas... Houve até quem, à força de plagiar, aprendesse a imitar, embora sem «nunca igualar ou superar o original"... Neste momento, já devem ter reconhecido o intertexto! 

Hoje, o plagiador é mais um «ladrão que rouba a ladrão» sem se preocupar com o perdão. Falta-lhe a consciência religiosa: pouco lhe importa a salvação da alma!
Hoje, o plagiador "googla-se" e, num instante, descobre o que lhe convém. Em dois movimentos (copy and paste),transporta os excertos para o regaço da secretária que, de pronto, os alinha de modo a que sua Excelência possa brilhar em qualquer simpósio...

E eu conheço tantos plagiadores neste inefável país!


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