1.6.17

O problema da prioridade

Ontem, fui ver a peça Henrique IV, de Luigi Pirandello, espetáculo comemorativo do 45.º aniversário do Teatro da Comuna... bem encenado, bem representado, freudiano e nietzschiano... numa hora em que estas "autoridades" já tiveram maior e melhor receção...
A verdade é que o Pequeno Auditório do CCB oferecia um significativo número de lugares vagos... No entanto, como os lugares não estavam marcados, os espetadores formavam fila, à direita e à esquerda, enquanto as portas não abriam...
Hoje, cedo, desloquei-me à Gare do Oriente, onde decorrem umas obras mal sinalizadas e, para superar a rotunda, necessitei de 20 minutos. Porquê? Porque ninguém obedece à sinalização, não se importando de barrar a passagem...
Depois, passei pelo Lidl de Moscavide, e o problema da prioridade virou caricatura: os idosos do local discutiam acaloradamente quem é que tinha prioridade no atendimento - um tinha 84 anos, outra teria 84 anos e uns meses, mais atrás alguém gritava que tinha 87, sem esquecer a grávida não se sabia de quantos meses, e a senhora que, perante o impasse, se lastimava que ia perder o autocarro...
Apesar de tudo no CCB, tudo decorreu com maior tranquilidade, pois até tive oportunidade para fechar os olhos sem que ninguém protestasse... 

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