De três laranjas fiz um sumo
longilíneo solar
comprara-as minutos antes como reforço vitamínico
não para mim que desconfio de suplementos
para ti sempre frágil
não quiseste açúcar só palhinha!
O Poeta, da laranja lembra
«peso, potência. / Que se afinca, se apoia, delicadeza, fria abundância
(...) Laranja. Assombrosamente. Doce demência, arrancada à monstruosa / inocência da terra.»
Eu recordo três laranjeiras
ora em flor
ora curvadas de frutos
verde laranja
( O Poeta é Herberto Helder, Última Ciência)
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