21.9.15

As pitangas maduras estão do outro lado do arame farpado

«Que tristeza: as pitangas do lado de fora, ao alcance da mão, sem trabalhos e sem perigos, nunca amaduram!» António Jacinto, Fábulas de Sanji, in Comportamentos, pág. 42, ed. União de Escritores Angolanos.

Ontem, na Grécia, 44,05% dos gregos não foram votar. À primeira vista, não votar parece ser uma opção democrática, mas é essa opção que legitima a vitória daqueles que dão o dito pelo não dito e assim vão continuar.
O argumento de que já não há nada a fazer é insustentável! As pitangas maduras estão do outro lado do arame farpado, e o mínimo que o ser humano pode fazer é saltá-lo, mesmo que o risco espreite. 
O resultado das eleições só é convincente e capaz de assustar os credores, se todos cumprirmos o dever de votar. Mais do que um direito, votar no dia 4 de outubro é um dever.
(...)
Li, entretanto, uma "opinião" de António Ribeiro Ferreira, chefe de redação do jornal i, que me deixou, não direi escandalizado, mas perplexo: Sócrates e Costa são as duas faces de uma má moeda.
Não sei qual está a ser o impacto da "opinião" de A.R.F., espero, porém, que nas Faculdades de Comunicação Social, alguém ensine a diferença entre informação, devidamente comprovada, e propaganda.
Felizmente, no mesmo jornal, é possível ler uma entrevista a Eduardo Paz Ferreira, cuja "opinião" é bem sustentada, não enlameando quem quer que seja, apesar da mediocridade reinante...

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