É cada vez mais evidente que sem avaliação não há justiça!
E também é claro que a educação para a cidadania é um pilar do funcionamento das sociedades e das comunidades...
Deste modo, pensar a avaliação sem equacionar a questão da educação para a cidadania é um erro estratégico.
Se estivermos atentos às notícias do quotidiano, percebemos que a avaliação em Portugal ocorre quase sempre à posteriori, trazendo com ela uma violenta sensação de impotência: os alunos, afinal, não aprendem os conteúdos disciplinares e os valores fundamentais; o doente mental mata a mãe que o queria tratar; o marido violento e bêbedo mata a esposa; a floresta arde porque não é devidamente ordenada e limpa; o carro despista-se porque as ruas não resistem ao inverno; a dívida dos clubes é astronómica porque gastam o que não têm; os políticos deixam-se corromper ou corrompem, porque lhes falta a educação para a cidadania...
Os exemplos de que a avaliação é feita à posteriori são múltiplos e todos poderiam ser minimizados, se não se descurasse a avaliação diagnóstico e a supervisão avaliativa, isto é, feita de forma imediata...
Por exemplo, as eleições legislativas aproximam-se. Os partidos começam a indicar o nome dos futuros deputados, mas ninguém sabe se os candidatos têm o perfil adequado ao serviço do nação.
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