Hoje, fui a Cascais! Como sempre, havia muita gente nas ruas, nas esplanadas e nas praias(?), mas o que me pareceu que tem vindo a aumentar é o número de zungas.
Zungas de rua e de jardim instalam um pano, uma bancada; de pé, de cócoras ou sentados, procuram vender os mais diversos artigos. Vi de tudo: panos úteis e inúteis; artefactos decorativos; produtos hortícolas minimalistas; selos e moedas do império; candeeiros de outro tempo; livros, todos da mesma editora, que pareciam fugir de um implacável abate... até os escritores e escreventes pareciam não escapar à etiqueta: zungas de rua!
Fiquei, no entanto, com a ideia de que a estátua do rei D. Carlos foi ali colocada não para o imortalizar, mas para nos lembrar que o número de zungas só cresce quando o país empobrece. E nem Cascais escapa!
Quanto ao termo "zunga", pedi-o emprestado a Pepetela, O Tímido e as Mulheres, 2013.
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