16.10.12

Sala de aula - XVIII

I -
a) Bocage deixou de fazer parte da cultura juvenil. A turma ignora o homem, a obra e, sobretudo, ignora a lenda. Apenas uma voz aventou a hipótese de se tratar de alguém um pouco «marginal». Este dado permite lançar-nos no universo dos botequins do século XVIII (cafés) como espaços de socialização. Corte / Salon vs. botequim. Bocage, de fácil trato, anima as novas tertúlias, criando amigos e inimigos. (Ver história do café Nicola, no Rossio, Lisboa.)
b) Clarificação do léxico utilizado, designadamente de termos como conceito (definição) e noção. Nesta disciplina, mais do que os conceitos interessam-nos as noções.
c) Leitura do soneto "Magro, de olhos azuis, carão moreno" - ver Sala de aula -  XVII.
 
II - No que à Literatura concerne, a passagem do primeiro para o segundo romantismo permite viajar entre Garrett e Camilo, reforçando a perceção das personagens principais, em que a idealização acaba derrotada pelo realismo. Beatriz vs. Paula Vicente / Teresa vs. Mariana. As segundas são de carne e osso e sofrem na pele os efeitos da condição de subalternidade...embora não se deixem submeter.
Em termos de PIL, foi estabelecido um itinerário de leitura que inclui Júlio Dinis e Carlos de Oliveira.
A biografia de Camilo é toda ela um belo argumento cinematográfico em que o herói romântico se transforma em trágico.

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