30.10.12

Dia XXVI

(A modéstia parece estar em extinção!)
I - Comentário (teste 1b): falta de rigor na utilização da palavra escrita; dificuldade em distinguir vivência de memória literária; excessiva paráfrase; alguma qualidade na composição; visão circular e narcísica; expetativa exagerada...
II - Distinguir: facto, sentimento,  opinião. Dêixis.
Exemplos: a) Estou aborrecido; b) Ontem, estive aborrecido; c) Ontem, estava aborrecido; Hoje, estou aborrecido! 
A História da língua e da cultura, se perspetivadas, ensinam-nos que os processos de construção da opinião (Grécia antiga - doxa; Enciclopedistas do séc. XVIII ) visavam libertar o ser das cadeias da autocracia... Hoje, a banalização da opinião ( redundantemente, pública) tornou-se numa forma de empobrecimento da democracia...
 
II - O herói romântico
O melhor exemplo é Lord Byron, com a incompatibilidade entre as reivindicações morais do individuo e as convenções da sociedade. O herói está fadada a ser um vagabundo eterno, sem pátria, em revolta aberta como o seu tempo.
Esta angústia, a verdadeira doença do século, produz inquietação/ desorientação/ sentimento de isolamento/ culto ressentido da solidão/ a perda de fé nos antigos ideais/ individualismo anárquico/ namoro com a morte. O herói romantico ama ser um maldito, é masoquista, faz alarde de suas feridas, flageladores de si proprios.
Em relação à humanidade, é um misantropo, solitário, anjo caído, feição demoníaca e narcisista. Por vezes, apresenta-se como um homem misterioso, cujo passado é um segredo (um pecado terrível, um erro desastroso ou a falta irreparável). É rude e indomável. Herói demoníaco que tende a si e aos outros à destruição.
 
 
III - Uma linha de construção do romance Amor de Perdição é consciente (ou inconscientemente) o papel da Justiça na sociedade da primeira metade do século XIX.

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