Escuto palavras arrogantes. Assisto a decisões unilaterais. Observo juízos viciosos. E penso se haverá alguma razoabilidade em tais comportamentos...
Não tenho heróis, não sigo doutrinas, nem conheço a origem da inteligência. Desconfio, no entanto, que a luz nos cega de tal modo que preferimos a soberba à paciência, a vaidade à modéstia, a palavra ao silêncio...
Enlameados, esquecemos que a porta que atravessámos uma vez é a mesma a que regressaremos. Mas quando tal acontece, nada resta da soberba, da vaidade e da palavra...
Já não me oiço, a luz entra pela porta... e lembro que pensara escrever sob Job. Todavia, desisti de Job temendo que o Senhor lhe premiasse a paciência e, sobretudo, a autenticidade das suas palavras, pois não custa ser genuíno quando a Sabedoria nos põe de sobreaviso.
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