De passagem pela exposição fotográfica ( de Ana Gaiaz e Márcia Lessa) realizada no âmbito do Programa de Renovação do Grande Auditório ( 15 de fevereiro a 2 de março), houve uma série de pormenores que despertaram a minha atenção, a começar pelo nome das fotógrafas. Algo me diz que há quem não goste dos patronímicos...
Por outro lado, na memória descritiva, surge o neologismo "canópia" para designar a "cobertura" ou a "abóbada" do Grande Auditório. Provavelmente, não estou atualizado! Parece-me que, também, aqui, a língua materna se vê afastada sem grande motivo. A ideia de que sem a língua inglesa não somos ninguém perturba-me, pois habituado fui a pensar que a identidade se exprime melhor na língua materna...
Nada disto teria grande significado para mim se o Dicionário Terminológico do Português não sofresse dos mesmos males: a origem e a história da língua são substituídos pelo modelo anglo-saxónico por quem há cerca de 40 anos eliminou os estudos clássicos e acabou por reduzir a quase nada as línguas novilatinas ou românicas...
E acrescento que também não gostei da exposição fotográfica: falta-lhe a sequência, apesar da datação. Parece que as fotógrafas chegaram já o estaleiro estava instalado e o espaço esventrado...
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