Elle dort. Voyageur, ne la réveillez pas.»
Baudelaire, Les Fleurs du Mal
Nos últimos dias, por mais de uma vez me foi perguntado se a avaliação externa da escola tinha corrido bem.
De facto, não tenho resposta para a questão pois não consigo determinar a intenção subjacente. Temo o amor-próprio do interlocutor. Pressinto que devo encarecer a iniciativa cultural, a abertura à comunidade, o valor formativo da atividade, mas, no íntimo, sei que o encarecimento pouco importa ao inspetor. Ele apenas quer validar ou, se os argumentos apresentados forem convincentes e palpáveis, reformular o relatório final, construído previamente.
Assim, o melhor é continuar a dormir.
Esta mesma atitude pode ser aplicada noutras situações. Sempre que alguém se mostra feliz, o melhor é não o incomodar.
No entanto, na política como nas instituições, surge sempre um desmancha-prazeres! Agora que o António, estava tão Seguro, lá surgiu o outro António, o Costa, a despertá-lo...Quero, desde já, assegurar que não me lembro de ter induzido no ilustre Costa tal traquinice!
Sem comentários:
Enviar um comentário