22.4.14

O palhaço e o visto

Saibam quantos meus versos não ignoram
Que os meus danos para fora riem,
Minhas risadas para dentro choram.
(...) Natália Correia, Sonetos Românticos, Na câmara de reflexão onde a simulação é um crime I (1990)

A euforia de uns é a tristeza de outros.
Deixo de rir porque o palhaço despreza o outro. O palhaço manda rasteirar o estrangeiro, lembrando-lhe a sua condição de bárbaro...À boca de cena, o palhaço agiganta-se até se esfumar por detrás da cortina.

Entretanto, o palhaço veste a pele do lobo mau e, sorrindo da própria perfídia, atira-se à mão que lhe serve exóticas iguarias.
Chega de criminosa simulação!

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