Entre os povos sem pátria, avultam os ciganos. Oriundos dos jinganis, veem-se, desde tempos imemoriais, obrigados a viver de expedientes e, sobretudo, de vendas em feiras e praças.
Objeto permanente de xenofobia, o cigano, reduzido à condição de nómada, confronta-se atualmente com a diminuição drástica de territórios onde permanecer temporariamente. Por outro lado, mesmo que não possam fugir à sedentarização, ninguém os quer por perto.
O povo cigano é vítima de anátema e porque desterritorializado acaba indevidamente classificado como minoria.
Para além do povo cigano, há uma outra classe cigana que encaixa bem na definição do adjetivo correspondente: «trapaceiro, ladino, traficante de mercadoria subtraída aos direitos».
Nas últimas décadas (em pleno cavaquismo), nasceu e cresceu à sombra dos partidos políticos, uma classe trapaceira (mente e manipula a toda a hora) e que se habituou a desrespeitar os direitos de quem trabalha ou trabalhou longa e honestamente. Para além de defender um miserável salário mínimo, não descansa enquanto os restantes salários e pensões não forem de miséria.
Ora em tempos de pobreza e de acentuada iliteracia é mais fácil discriminar o povo cigano e outros grupos de origem africana ou asiática do que erradicar a nova classe cigana.
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