25.4.13

Numa hora…





Uma hora de caminhada. Duas furgonetas em sentido contrário. Numa delas, um casal e, certamente, uma história. Uma história deles que fica por contar por ser só deles. Um motociclista lento dos atalhos e um ciclista que saúda, apressado…

Eu, a pé, desperto para a novidade que, afinal, é apenas mudança cíclica ou sinal de morte prematura. As flores de abril cumprem a função de nutrir as abelhas… e as formigas de abril, indiferentes aos pés que as podem calcar, transportam o pão para galerias que só a elas dizem respeito…

E  eu que sei que abril divide, caminho para o rio oculto até que o caudal barrento começa a espreitar por entre um arvoredo sequioso e impenitente…

Na outra margem, um trator cumpre a função de preparar o terreno para nova colheita, e as aves, intermitentemente, transportam-me para a foz…

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