18.4.13

Um dia com Luís Vaz…

Com tantos Camões a limpar a fachada, a disfarçar as rachas das paredes, a varrer o pólen dos plátanos, amanhã, a escola vai estar um brinquinho!
Mesmo que as cartas náuticas tenham sido recolhidas, nenhum aluno, émulo do Poeta, chegará atrasado e deixará de catrapiscar a colega do lado. E, sobretudo, nenhum perderá a oportunidade de ser feliz!
E nem a Troika nos fará desistir da cousa começada!
Há sempre uma solução nas trovas do Poeta.

A segunda, a D. Francisco de AlmeidaHeliogábalo zombava
Das pessoas convidadas,
E de sorte as enganava,
Que as iguarias que dava
Vinham nos pratos pintadas.
Não temais tal travessura,
Pois já não pode ser nova;
Que a ceia está mui segura
De vos não vir em pintura,
Mas há-de vir toda em trova.
A terceira, a Heitor da SilveiraCeia não a papareis;
Contudo, por que não minta,
Pera beber achareis,
Não Caparica, mas tinta,
E mil coisas que papeis.
E torceis o focinho
Com esta anfibologia?
Pois sabei que a Poesia
Vós dá aqui tinta por vinho
E papéis por iguaria.
Banquete dado na Índia a fidalgos seus amigos

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