Há certamente um tempo anterior às palavras!
Envoltos no esgrimir de ideias intangíveis, aceleramos e quando damos conta já não podemos voltar ao ponto de partida. As palavras já não representam o que pensamos, mas o que os outros delas compreenderam. E como não temos o dom da heteronímia, de repente percebemos que a comunicação se tornou equívoca ou, mesmo, absurda.
E é nesse momento que gostaríamos que o tempo se despojasse da palavra.
( Não se trata, aqui, de arrependimento, mas do reconhecimento de que quando os pontos de partida são difusos, o comboio raramente para na nossa estação... Corremos em linhas paralelas, intangíveis, para um ponto inexistente. Espero que perdoem a anfibologia!)
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