Já várias vezes, aqui, referi que os tempos são de incerteza e que por isso ela tornou-se um lugar comum. Por outro lado, também, aqui, escrevi, que, desde 2011, o Governo vem espalhando a incerteza sem que tal sementeira o incomode por aí além. Pelo contrário, o medo resultante da incerteza tornou-se numa forma cómoda de domesticar a revolta.
Entretanto, o inefável Passos vem agora acusar o presidente da república de atiçar a incerteza ao anunciar eleições legislativas a partir de junho de 2014. Num improviso néscio, Passos consegue mesmo afirmar que não há nada mais incerto do que o resultado de umas eleições...
O argumento mostra como o senhor primeiro-ministro não sabe qual é o efeito de não encontrar emprego, de perder o emprego, não sabe qual é o efeito do desmantelamento das poucas certezas que restavam aos aposentados, reformados e pensionistas, aos funcionários públicos e trabalhadores em geral.
Sem comentários:
Enviar um comentário