4.7.13

Da gestão do tempo político

Nestes últimos dias, a gestão do tempo político revelou-se completamente inadequada à realidade dos mercados, isto é, ao tempo da especulação financeira.
Qualquer hesitação dos agentes políticos é, de imediato, aproveitada nas bolsas, deitando a perder o duro trabalho de empreendedores e trabalhadores. 
A decisão não se compadece com delongas; ela exige clareza, concertação e celeridade.
Em Portugal, a resolução da crise não obedece a nenhum destes critérios: o primeiro ministro coloca uma "fórmula" de solução nas mãos do presidente da república, à 5ª feira, sabendo que, na 6ª feira, os mercados não perdoarão a falta de clarificação; o presidente vai reunir com os partidos na próxima semana, sabendo que os mercados continuarão a abrir na ignorância da falta de concertação...
Num estado moderno, a decisão política não pode estar à espera da realização de um congresso partidário!
Estes políticos, todos, vivem num tempo anterior à queda do Muro de Berlim!  
 

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