Sob um tempo abafado e certo desapontamento, há quem só pense em férias, indiferente ao que, entretanto, vai acontecendo.
Há dias, um ex-ministro socialista pedia ao governo que acalmasse e nos deixasse ir de férias. Achei o pedido estranho porque estava convencido de que aquele ilustre sociólogo estivesse de férias desde 2011 e, por outro lado, custou-me ouvi-lo falar de ir a banhos como se essa possibilidade não tivesse sido coartada a muitas centenas de milhares de portugueses.
Este tempo húmido talvez justifique a morosidade e a perversão das decisões, mas só sinto desapontamento ao observar a ação política: o ministro crato continua a sua cruzada contra os professores; o primeiro-ministro escolhe para o seu governo homens e mulheres comprometidos com decisões prejudiciais ao interesse público; o vice-primeiro, em vez de se ocupar da reforma do estado, refunda-se a si próprio...
Hoje, ao passar quase duas horas na PT, no Parque das Nações, à espera que me resolvessem um pequeno problema, tive oportunidade de tomar conhecimento de um expediente que nunca me passara pela cabeça. Lá para os lados da Amadora, há mais de 10 anos, alguém imaginou uma (?) declaração, em que dois proprietários prometiam ceder um terço dos lucros de investimentos urbanísticos a um beneficiário cujo nome não constava no documento, ou, afinal, constava de forma "encriptada": O nome da pessoa que, não sendo sócia da empresa, iria alegadamente ter direito a 33% dos lucros está lá invisível, isto é, os caracteres do nome tinham sido escritos em letra branca, razão pela qual eram indecifráveis na folha da mesma cor. Foi preciso alterar a cor de letra do ficheiro para descobrir que afinal havia um visado naquele documento... (fonte: jornal i, 25 julho 2013)
No próximo ano letivo, irei estar mais atento às folhas em branco não vá algum raposão mudar a cor à letra...
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