Pode-se trabalhar um dia inteiro e chegar ao fim do dia com a noção de que o esforço despendido foi inútil. E as causas dessa inutilidade são as de sempre: desorganização, desaproveitamento e desperdício de recursos, megalomania e irrealismo, vitimização e narcisismo, faciosismo e verborreia, propaganda e manipulação...
Num mundo de regresso à luta pela sobrevivência, estes comportamentos são indicadores de que a luta pela qualidade de vida, pelo bem-estar, foi lançada em bases erradas.
Ora, presentemente, habituados à sociedade do bem-estar, deixámos de nos interrogar sobre a nossa responsabilidade no agravamento da precariedade...
Preferimos alienar essa responsabilidade, atirando-a para os ombros de um outro, cuja função é resolver cada um dos nossos problemas ou assumir cada um dos nossos erros.
Acontece que este outro mais não é do que um feitiço cujos poderes são convocados por cada uma das tribos que se vão multiplicando um pouco por toda a parte.
Estou cansado dos tribalistas e dos seus feitiços!
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