A esta hora já não me apetece dizer mal de ninguém. Estou a pensar em mergulhar nas páginas do Aquilino, com uma ideia atravessada: a Agustina Bessa-Luís terá roubado alguns ambientes e, sobretudo, personagens femininas ao Aquilino. Mas se calhar estou enganado! Tudo não passará de uma coincidência! Num país pobre, rural e atrasado, é fácil que escritores diferentes se tenham entusiasmado com o mesmo protótipo...
Por outro lado, escrever neste setembro não faz qualquer sentido. De um lado, as ondas de calor; do outro, a propaganda - uma onda que submerge a paisagem, embebendo as pessoas num embuste inclassificável..
Há, no entanto, no meio tudo isto, um homem fascinante. De seu nome, Rosalino! De calva luzidia, angélico e sacerdotal, entra-nos pela casa dentro e não necessita de qualquer arma para impor cortes, a torto e direito, e aos milhões. E fá-lo de forma risonha, sem levantar qualquer tumulto!
Gosto do Rosalino! Tem sempre uma explicação, ao contrário da professora (ou da sósia?) que, para completar o vencimento, se expunha impudicamente na internet, ou daquele outro professor que, para esconder o desemprego, vai assaltando umas agências bancárias ou dos...
Estes não têm perdão! Apanhados, são censurados e condenados... Quanto ao Rosalino ( ou será Rosalindo!), nada a dizer! Pelo contrário...
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