1.9.13

A centenária oliveira e uma figueira



Apetece-me preservar a oliveira centenária e a figueira mediterrânica! O tempo e a cultura que delas emanam deveriam ser aprofundados. Sei, todavia, que este meu desejo, na fase de desgoverno em que vivemos, não faz sentido, até porque eu raramente como um figo. Mas isso não importa! Preservar a oliveira significaria abrir caminhos, limpar terrenos, podar árvores…

Curiosamente, esta oliveira e esta figueira não me exigem que as regue! Apenas, me sugerem que dava jeito algum desbaste das apressadas vergônteas… E, sobretudo, não querem qualquer exclusivo. O que estas árvores pedem para si deveria ser extensivo a todas as irmãs que as acompanham na roda do tempo.

O problema é que na capital, há quem retire aos proprietários os meios necessários à limpeza do terreno, à abertura dos caminhos, à poda das árvores. E quando estas árvores forem devoradas pelo fogo, então, sem pudor, serão apontados os pirómanos: alcoólicos, pastores, desempregados, maridos enganados…

Porém, se nos dessemos ao trabalho de escutar a centenária oliveira, ouviríamos uma voz a apontar para a capital, para o capital…

/MCG

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