17.5.11

O aparato esmaga-nos…


A menos de um mês de eleições legislativas decisivas, continua por esclarecer como é que o despesismo na educação poderá ser significativamente reduzido. Nenhum partido propõe aos eleitores um plano concreto de reforma do sistema educativo, adaptando-o às necessidades de um mundo em que a imaginação criativa e produtiva é fundamental.

O centralismo que determina a existência de milhares de burocratas e autocratas desvia os recursos financeiros das famílias e das escolas e, por outro lado, empenha-se em programas de maquilhagem que em nada contribuem para a melhoria do ensino em Portugal. Por exemplo, nenhum partido explica como é que a Parque Escolar pode continuar responsável pela recuperação dos edifícios escolares se o monstro, até ao momento, gerou «kits» vistosos e caríssimos, a breve trecho inabitáveis… Nenhum partido explica por que motivo o ensino em Portugal continua a ser gerido por diversos ministérios, criando sobreposição de estruturas que acabam por servir para «capturar» fundos europeus e, ao mesmo tempo, alimentar falsas competências, legitimando a distribuição de empregos e de cargos no estado e nas parcerias publico-privadas pelos sequazes…

E muitas outras questões continuam por responder: Para que servem os actuais centros de formação de professores? Para que serve o actual modelo de avaliação? Como é possível criar departamentos curriculares e manter em funcionamento grupos disciplinares? Para que serve o alargamento da escolaridade obrigatória sem diversificar as fileiras profissionais? Actualmente,centenas de milhar de jovens passam parte da adolescência em escolas, onde nada aprendem a não ser: - desenvolver comportamentos anti-sociais…

15.5.11

Vitalidade…

Indiferente aos nossos pés, o campo oferece-nos expressões de vitalidade que só podem confundir os nossos sentidos… No entanto, esse deslumbramento só acontecerá se nos deixarmos de pressas e de questiúnculas efémeras e inúteis.

14.5.11

As maias…




Aqui, o país é outro! Aves e insectos entregam-se ao amor, embora vigilantes, não vá o inimigo estragar- lhes a melopeia e a dança... Mesmo os coelhos preferem a imobilidade à fuga precipitada! A figueira, deitada na arriba, esconde a flor… E eu espero que Maio continue assim!

13.5.11

Estendais…



Os estendais estão na moda! Soltam-se os jacarandás pela Almirante Barroso; a poesia prospera enquanto a roupa rechaça o bolor, lembrando-me o tempo em que o Augusto Abelaira  escrevia  BOLOR no Outrora - Monte Carlo – Agora - Zara.
O discurso político continua bolorento, redondo… e tal como Abelaira, creio que o melhor é pôr a roupa ao sol, com ou sem barrela!

11.5.11

Em certas situações…

Quando descemos o rio, corremos o risco de nos deixar embalar.  E em certas situações (no caso, insuficientemente pensadas), a fuga ao bloqueio exige decisões instantâneas e capazes de mobilizar os recursos mais próximos.

Hoje sinto-me grato aos meus colegas do júri da modalidade de texto dramático – VI Concurso Literário da Escola Secundária de Camões –, e, em particular, agradeço ao João Santos todo o apoio que me dispensou.

10.5.11

Torres Novas - mais longe

O que não se vê: um cemitério, um estabelecimento prisional, dois lares e um convento, um hospital defunto, uma escola  de polícia, o Almonda…

Entre margens de clausura, perde-se o rio a caminho do Tejo, vem de perto… sem tempo para se alongar. O mesmo acontece com a cidade, outrora vila! E comigo! Porque aqui nasci, e parti a caminho do Tejo; cada vez mais perto da foz, sinto que mais longe estou, como se em fuga, mas sem linha de água…

(Os dias, entretanto, são de incongruência, capricho, arrufo, equívoco, irresponsabilidade, mentira e, sobretudo, de petulância.)

/MCG

8.5.11

Uma boa ideia!

http://vimeo.com/20887702

O membro do Banco Central da Islândia Gylfi Zoega diz que Portugal deve investigar quem está na origem do elevado endividamento do Estado e dos bancos.

«Temos de ir aos incentivos. Quem ganhou com isto? No meu País eu sei quem puxou os cordelinhos, porque o fizeram e o que fizeram, e Portugal precisa de fazer o mesmo. De analisar porque alguém teve esse incentivo, no Governo e nos bancos, para pedirem tanto emprestado e como se pode solucionar esse problema no futuro.»

Só posso estar de acordo com Gylfi Zoega. Será assim tão difícil encontrar a resposta? O eleitor necessita de conhecer o nome de quem, nas últimos anos, saqueou o estado português, para que possa votar em consciência… Sem essa resposta, mais vale pôr-se ao sol!