Um olhar despreconceituado… ou talvez não. A verdade é tudo o que nós ignoramos.
30.9.14
Estou farto de engraçadinhos que pedem desculpa
29.9.14
O Estado Português contra o Estado Islâmico...
28.9.14
A desilusão do povo português
E o dia de hoje não altera nada! A corrida continua a ser à partilha do orçamento! Quanto ao povo, este dorme, dorme, dorme...
27.9.14
Carlos Moedas e os brinquedos para porcos…
Vivo há anos preocupado, nem vou dizer com o quê, porque ninguém quer saber das minhas preocupações. Mas como não quero ser egoísta, estou aqui a pensar no azar do futuro comissário europeu Moedas que vai ter de distribuir 80 mil milhões de euros, ele que se habituara a cortar, a torto e a direito na fazenda do vizinho.
Parece que na próxima 3ª feira, Moedas terá que responder a 40 perguntas para ficar a saber se é o homem adequado, não para cortar, mas para distribuir tantos milhões pela ciência, pela investigação e pela inovação. Cavaco já disse sim – que era o melhor que nos poderia ter acontecido! Pelo que lhe disseram, porque, de verdade, há muito que não tem certezas…
Como acredito que a esta hora Moedas esteja a ser submetido a uma redentora sabatina jesuítica, apelo a que oiça atentamente a emissão desta tarde da TSF, transmitida do Montijo. Acabo de ouvir que uma parte desses milhões pode ser aplicada na produção de brinquedos para porcos…
Se não tiver tempo de ouvir a referida emissão, lembro-lhe que, em Bruxelas, estão reunidos 60 sábios porcinos a discutir o tipo e a duração dos brinquedos que os porcos podem utilizar durante os tempos livres.
Caso uma das 40 perguntas incida na ocupação do tempo dos digníssimos suínos, recordo ao Doutor Moedas que um porco vive, em média, quatro meses. Se retirarmos o tempo que passa a dormir, a comer e (…), ainda sobra muito tempo para brincar. Há, no entanto, uma questão que algum arguto membro do júri lhe poderá colocar: – Será que um porco ficará feliz, melhorando a qualidade do presunto, se o produtor lhe oferecer uma bola?
Cuidado Doutor Moedas, esta resposta obriga a conhecer os porcos, e não só os dos montados alentejanos. É uma das áreas de investigação mais prementes para a defesa do bem-estar do porco europeu, muito distinto do porco do Tio Sam e do Terceiro Mundo.
A TSF ensinou-me hoje que uma bola não é um brinquedo satisfatório para o porco europeu. Ao fim de 15 dias de brincar com a bola, mesmo se do CR, ele sente-se enfastiado…
Em conclusão, Doutor Moedas, se quer ganhar o lugar não se esqueça do bem-estar do porco europeu e, consequentemente, do nosso e, em primeiríssimo lugar, do seu.
26.9.14
O interlocutor
Já não encontro ninguém que reconheça que de determinado assunto nada sabe. Desconheço se o estado do conhecimento atual deve ser considerado como sincrético…
Em cada ação verbal pressinto que o interlocutor detesta que lhe seja atribuído esse estatuto. O interlocutor moderno finge que ouve e acredita mais no que vê… os restantes sentidos, entretanto, vão definhando se algum dia desabrocharam…
O interlocutor não dá tempo ao locutor. Rasura-o e cavalga-o despudoradamente, mesmo que para isso tenha de desconversar, de mentir, de amalgamar. O interlocutor galopa numa estrada de ambiguidade e de ambivalência…
O interlocutor desconhece o silêncio e o deserto e o abismo…
O interlocutor, apavorado, despreza o nada.
O interlocutor não descansa enquanto não mata o locutor. Não aquele que há em mim, mas o que há em si! O interlocutor é um génio e eu sou o NADA.