Pensar que a chuva cai da direita para a esquerda é possível. Neste momento, as gotas estão quase a chegar ao fim da linha ou, melhor, já mudaram de linha...
Se a chuva fosse chinesa, ela cairia da esquerda para a direita e, provavelmente, vê-la-íamos a saltar de linha...
Sob a forma de bátega, a chuva cai a direito, e as grossas gotas, em vez de correrem, fazem-nos perder a linha...
Há também uma chuva miudinha que não se sabe se cai e que, por vezes, nos entontece e, outras, nos refresca...
A chuva a que me refiro, na verdade, não cai; quase tudo o que lhe acontece é por força do vento.
Talvez devesse agora reiniciar: «Pensar que o vento sopra da esquerda para a direita é possível» e sem ter que ir à China «Pensar que o vento também sopra da direita para a esquerda»...
e em pouco estaria no olho do furação...