O problema da qualidade da abonação atual depende dos exemplos escolhidos e sobretudo do critério.
Será que ainda distinguimos os bons dos maus exemplos? Será que o que é um bom exemplo para uns é mau para outros e vice.-versa?
No passado, a abonação tinha em consideração a origem e as transformações, entretanto, ocorridas. E hoje?
Com tantos vira-casacas à solta, torna-se perigoso emitir um juízo de valor quanto mais abonar quem quer que seja, a começar pelo autor destas linhas…
Valha-nos o entendimento que da abonação tem Simon Winchester: «As abonações deviam mostrar exatamente o modo como uma palavra foi empregue ao longo dos séculos, como foi sofrendo mudanças subtis de significado, de ortografia ou de pronúncia e, talvez o mais importante, como e mais exatamente quando cada palavra entrou para a língua.» in O Professor e o Louco.