Rui Zink foi à Escola Secundária de Camões, no âmbito da Semana das Profissões, falar sobre o prazer de escrever e sobre a precariedade do ofício da escrita. Explicou que escrever é um ato que exige cultura, talento, técnica, persistência e, sobretudo, vontade de desmontar os mecanismos de manipulação das consciências. Soube escolher os exemplos, adequando-os e explicando-os a um público pouco familiarizado com a profissão de escritor, mas que soube entender o tom satírico, e terá registado a sugestão de leitura dos novos autores portugueses: Hugo Valter Mãe, José Luís Peixoto, Gonçalo M. Tavares, Dulce Maria Cardoso…
Da construção do discurso oral sobressaiu a capacidade de associar dados distantes e insólitos desencadeadores do sorriso dos interlocutores, reforçando a ideia de que o riso é a melhor resposta à crise que nos é imposta.
No entanto, por detrás do tom jocoso e lúdico, foi possível notar o desencanto de quem sente que os portugueses continuam a reconhecer em Rui Zink não o escritor mas o sátiro.
PS: A iniciativa dos “camonianos” revela que estes jovens têm futuro!