Nunca soube se foi o Terror que criou o terrorismo se é este que visa instalar o Terror. De qualquer modo, durante muito tempo, o terrorismo era a estratégia das minorias, a estratégia dos descamisados contra os totalitarismos, revelando, quase sempre, uma máscara libertária…
Hoje, porém, o Terror passou a ser o objetivo dos governantes. Todos os dias, anunciam cortes a torto e a direito. De forma errática, tomam decisões que visam desertificar o país, chegando à insensatez de aconselhar os jovens a emigrarem. Pensam, talvez, que um novo fluxo migratório lhes traria uma renda capaz de travestir a realidade, como aconteceu nos finais do Estado Novo.
Os guerrilheiros da educação dedicam-se à sabotagem, dando entrevistas cirúrgicas cujo único objetivo é aterrorizar os docentes, ameaçando-os com o desemprego ou, simplesmente, com alteração das condições de trabalho. Sobre a revisão e o incremento de uma matriz curricular ajustada à realidade atual, nada se faz de forma fundamentada; apenas avançam medidas avulsas que atingem quem não tem voz porque a precariedade é a sua forma de vida.
Entre a ministra Maria de Lurdes Rodrigues e o Ministro Nuno Crato a diferença é só de escala: Se a primeira generalizou a instabilidade entre os docentes, o último está encarregado de demolir o sistema educativo, minando-o diariamente…
E a máscara do Terror continua a ser libertária! Até quando?